domingo, 18 de maio de 2008

E era uma vez um peixe chamado Daphine

Há dois meses não passo por aqui...
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Estou no meu inferior (aos conhecedores do MBTI) e não consigo escrever, ler, ver TV,coisas simples assim.
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Estou inquieta, sem saco, sem paciência, intolerante, impaciente e nem vem dizer que estou mal comida ou que estou de TPM (porque quando as mulheres ficam assim, esse diagnóstico é o lugar comum mais chato que já ouvi)
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e para os que estão em casa, ando muito bem resolvida, obrigada !!
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Enfim, estou questionadora mesmo...
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Para quem lembra da história da peixe (o primeiro morreu pagão) - comprei outro, assim ornamento, enfeitando a estante da cozinha, sim minha cozinha tem uma estante, mas esse peixe teve nome - se chamava Daphine.
Bruna escolheu o nome, demos comidinha (na porção exata), eu olhava para ela, dava até tchau e mandava beijinhos...
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mas depois de 4 longos meses ele se foi, pois é morreu, simples assim - 18/05/08 - e a Bruna não está comigo e liguei para o pai dela (por recomendação da minha amiga Hiroko) e pedi para ele dar a notícia para ela.
Afinal de contas eu passei um dobrado para dar a primeira notícia qdo o primeiro peixe morreu e ainda pagão, dessa vez passei a responsabilidade para o pai.
Estou cansada de ser a portadora de péssimas notícias - tomar banho, fazer dever de casa, ir durmir e agora me resta o falecimento da Daphine, que cativada já estava. (pequeno príncipe me garante isso)
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Para piorar e para ficar mais patético, passamos a manhã inteira eu e minha mãe decidindo o q íamos fazer com o corpo, afinal, ela já era batizada e tinha nome, e merece um enterro digno, podíamos enterrar no jardim do prédio ou jogar privada abaixo, falamos até em rezar um pai nosso, sei lá, ser vivo...
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Enfim, minha amiga chegou e ficamos as três deliberando sobre o destino do peixe e acreditem - virou tema de almoço, o q fazer com o corpo ??
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Depois de teores alcoolicos elevados mudamos de assunto, almoçamos, papeamos sobre tudo, e minha mãe enrolou o peixe em um papel alumínio e deixou na beira da janela da área, pois na cabeça dela (no papel de avó) ela tinha a intenção de esperar a neta voltar para sim, ela decidir o que fazer com o peixe e sei lá as duas decidiriam se iam rezar ou sei lá o q, cantar um mantra...
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Pois bem, eu lavei a louça, arrumei a cozinha, e cheguei na área...
qdo me deparei com um pedaço de papel alumínio, todo enrolado, q olhei e apertei e joguei lixeira abaixo.
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- Filha, vc viu um pedaço de papel alumínio aqui na janela ?
- Vi, mãe, joguei lixeira abaixo
- filha, era o peixe
- hã ?
- sim, era a daphine..
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Silêncio sepulcral e eu me corroendo de novo por achar que estou sendo castigada pela segunda vez, por continuar enchendo a cara e sem cumprir nenhuma promessa que fiz do início do ano até hoje e já estamos em Maio.
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