é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando meio dia com uma flor azul,
sem que caminhes mais tarde pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão que,
talvez,
outros não verão dourada,
que talvez ninguém soube que crescia como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas,
enfim,
sem que viesses brusca,
incitante conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,
E desde então,
sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei...
Serás...
Seremos..."
Neruda, sempre ele : Pablo Neruda
Um comentário:
sou, serei, serás.
E você nunca devolveu o Neruda que leu por inteiro.
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